terça-feira, 4 de novembro de 2008

Anjinho, um colar perfumado

Com licença poética, Adélia Prado
"Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou."

3 comentários:

Gabriela disse...

Olá querida!!Você e suas preciosidades,nem tenho mais palavras pra elogiar,são lindos todos os seus trabalhos.Beijão fica com DEUS.

Gabriela disse...

Oi ,eu de novo,O coração está quase acabado,não vai ficar lindo como o seu néh.Um abraço querida boa quarta para você.

.. disse...

Qué hermoso poema!! Y tu collar con angelito es un sueño!!
Cada día que pasa te superas con tus creaciones amiga, te felicito!! Un beso grandeee♥♥